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Das respostas que não teremos

  • Rita Santander
  • 7 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Eu sempre fui curiosa. Não à toa sou jornalista, o ser mais curioso que sobrinho na fase do por que. E é por isso que eu pergunto. Satisfaço todas as minhas angústias deferindo, como uma metralhadora, indagações sobre a vida, a profissão, o dia a dia, a família e até sobre o que não é da minha contra as pessoas.

Uma vez conheci um cara que dizia que se sentia num inquérito. Mandei ele passear e segui minha vida fazendo perguntas e feliz.

A verdade é que, além da curiosidade, essa é uma das formas que encontrei de conhecer as pessoas. E, quando tenho minhas dúvidas respondidas, tenho também a sensação de transparência, de verdade. O que pode ser uma bobagem, porque uma vez namorei um cara que respondia a todas as minhas perguntas com mentiras, mas isso é uma outra história.

Porém, não vamos falar de babacas. Gostaria de propor aqui uma discussão não sobre perguntas, mas sobre respostas. Em especial, sobre respostas que não temos e que nos colocam uma interrogação enorme na cara e no peito. Isso porque, a dúvida é nossa, mas não cabe a nós responde-las. E tentar, a todo custo saber o porquê das coisas trará ainda mais sofrimento quando falamos do momento da separação.

É o caso de uma amiga que acabou de terminar um namoro porque ele, simplesmente, disse que não queria mais estar com ela. O momento já envolve tanta coisa dolorosa e ela resolveu colocar álcool sobre a ferida, cismando em descobrir, porque raios ele não quer mais.

Percebam: a resposta está aí, mas ela não quer ver! “Ele não quer estar com ela”. ESSA é a resposta à indagação. Mas faz uma semana que ela vasculha o passado em busca dos motivos que o levaram a tomar essa decisão. “Ele tem outra”, “eu tô gorda”, “queimei o arroz quatro vezes” e mais uma centena de motivos imaginários para uma pergunta só dela, em busca de uma resposta muito mais elaborada que essa aí, simplezinha.

E, posso falar? Essa resposta não vai vir. Nem por meio das lembranças, nem com ligações desesperadas para o ex. Por isso a gente precisa aprender a ser resiliente e aceitar a decisão e as escolhas do outro. Quando aprendemos isso, as perguntas mudam e, em vez de tentarmos achar o motivo do outro – que não faz mais parte da nossa vida -, procuramos nossas próprias razões para seguir o baile.

Quando eu aprendi isso, voltei minha curiosidade para aquilo que pode me trazer respostas sinceras e conhecimento. E, com isso, fiz as pazes com todos os términos que tive na vida, compreendendo que, algumas perguntas têm respostas mais simples que minha criatividade e “porque não”, pode ser resposta, sim!


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