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CONVERSA DE BOTAS BATIDAS

  • Fabiana Seres
  • 22 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura

Lembro quando eu tinha uns 21 ou 22 anos e vivia uma rotina intensa, eu estudava, trabalhava, havia acabado de retornar de um intercâmbio nos Estados Unidos, tinha muitos amigos e também com algumas paquerinhas, mas nenhuma era tão séria assim, era mais curtição mesmo.

Havia uns 4 anos que eu estava solteira e estava muito bem, curtia, ria, saía.

Eu era livre e me sentia muito feliz, era o auge da minha juventude.

Era intensa!

Nesse meio tempo acabei conhecendo um garoto - por meio de alguns amigos em comum - que era tão intenso quanto eu.

Ele era músico. Ele fervia letras, músicas, poesias e muitas delas foram presentes especialmente escritas para mim.

Fomos a alguns bons shows, afinal show era um dos nossos programas favoritos e coincidentemente foi em um deles que acabamos nos conhecendo.

Morávamos bem longe um do outro o que dificultava nossos encontros que eram basicamente aos finais de semana e olhe lá.

Quando nos encontrávamos ele sempre fazia questão de ser um fofo comigo e mesmo estando longe ele fazia questão de ser presente.

Sempre mandava bilhetinhos, flores, chocolates, emails, ... eu era muito mimada por ele, hoje eu sei disso.

Era tanto carinho, mas que de certa forma me incomodava, me sufocava e é estranho dizer isso mas às vezes me sentia como uma escultura ou uma pintura fincada em algum ponto para ser analisada e apreciada.

Eu definitivamente não queria isso e me sentia muito mal por isso, pois não era recíproco de minha parte.

Ao colocar um ponto final em nosso relacionamento eu me senti a pior pessoa do planeta, fiquei mal, afinal como eu poderia negar tanta coisa boa de uma pessoa totalmente disposta?

Difícil explicar e até cheguei a pensar que ele me odiava muito por isso e essa sensação permaneceu em mim durante mais de uma década.

Nosso romance? Durou exatos 6 meses.

Por que terminamos? Por que eu achei que ele me sufocava de tanto amor e carinho.

Se eu sou estranha? Muito, afinal o que eu mais queria no meu último relacionamento era tudo isso da forma calma e tranquila que costumava ser com ele.

Se eu me arrependo? Não, eu vivi o que eu havia de viver para aprender a dar valor e a ser completa.

Pude perceber que o silêncio cria tantos monstros em nossas cabeças, acidentalmente voltamos a nos falar e está tudo bem.

Ele está bem, eu estou bem e foi mais um passado que eu consegui fazer as pazes. Yes!!!!

Ahhhh, um dos shows que fomos foi o da banda “Los Hermanos” que é muito a cara dele e que eu me apaixonei assim que eles subiram ao palco.

Por isso, hoje deixo uma letra para vocês refletirem com essa banda que é pura poesia e bossa – Conversa de botas batidas, esse tema lhe diz algo?!?!

Conversa de Botas Batidas

Los Hermanos

Veja você onde é que o barco foi desaguar A gente só queria um amor Deus parece às vezes se esquecer

Ai, não fala isso por favor Esse é so o começo do fim da nossa vida Deixa chegar o sonho Prepara uma avenida Que a gente vai passar

Veja você, quando é que tudo foi desabar A gente corre pra se esconder E se amar se amar até o fim

Sem saber que o fim já vai chegar

Deixa o moço bater Que eu cansei da nossa fuga Já não vejo motivos Pra um amor de tantas rugas Não ter o seu lugar

Abre a janela agora Deixa que o sol te veja É só lembrar que o amor é tão maior Que estamos sós no céu Abre as cortinas pra mim Que eu não me escondo de ninguém O amor já desvendou nosso lugar E agora está de bem

Deixa o moço bater Que eu cansei da nossa fuga Já não vejo motivos Pra um amor de tantas rugas Não ter o seu lugar

Diz quem é maior Que o amor Me abraça forte agora Que é chegada a nossa hora Vem vamos além Vão dizer Que a vida é passageira Sem notar que a nossa estrela Vai cair


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