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Saudades do sogrão...

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 18 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

A Copa começou e eu, que não ligo para futebol, fico empolgadissíma a cada quatro anos. E talvez esse seja o único evento que, de fato, eu sinta falta de homens por perto.

Não me entendam mal. Eles (ou vocês) são lindos, maravilhosos e incríveis, mas me divirto bastante sem vocês por perto. Assim como também me divirto sozinha, e tudo bem.

Mas na Copa, ahhhh, eles/vocês meninos fazem falta. Vocês sentem uma paixão tão grande pelo evento que é gostoso de ver. No trabalho, um menino da minha bancada tirou férias no mesmo dia que a Copa começou. No grupo postou foto assistindo dois jogos ao mesmo - sim, ele levou a TV do quarto para a sala para não perder nenhum lance - e o abridor de garrafa dele é um jogador de futebol.

Na última Copa, a super Tabata que se dedicava ao marido até não poder mais, não assistia aos jogos. Como ele demorava para chegar em casa, eu colocava o jogo para gravar, fechava o apartamento, colocava fone de ouvido (para não ouvir os fogos) e ia dormir. Quando ele chegava, nós assistíamos como se fosse ao vivo. Era bem gostosinho!

Mas não é dele que estou sentindo falta nessa Copa. É do meu sogro. Ok, é ex, mas sempre vou considerá-lo meu sogro (me deixa!).

Trata-se de um velho italiano mega gente boa, apaixonado por futebol e mulheres. Destrambelhado pra caramba, ele é o maior esteriótipo de um italiano que vc pode imaginar: fala alto, fala com a mão, não perdeu o sotaque mesmo estando no Brasil a quase 80 anos, e todo mundo o adora. Mesmo. Assistir a Copa com ele era diversão certa. Essa seria nossa quarta copa juntos, e é só dele que sinto saudades quando vejo a bola rolando.

Esse ano a Itália não está no mundial e imagino que isso seja mais tranquilo para ele, que não sabia se torcia para o país onde nasceu ou para aquele que o acolheu. Quando um caia fora, parecia que ele ficava mais aliviado em torcer descaradamente para o outro.

Em 2006, quando a Itália foi campeã vencendo a França, foi uma delícia vestir as cores do país que eu amo muito antes de conhecê-lo, e comemorar como se eu também tivesse nascido lá.

Não acho que o fim do casamento tenha, necessariamente, que ser o fim da relação com a família do ex-conjuge. Aliás, é muito cruel que tantos fins tenham que acontecer ao mesmo tempo e o fim do contato com a família do conjuge é muito dolorida. Para mim foi demais.

Na verdade, para mim ainda é. Sonho com eles e várias vezes me imagino encontrando-os na rua. Tenho certeza que a saudade é mútua mas, no meu caso, não quero e não consigo manter uma relação. É sentimento demais embolado, é muita gente perto demais. Mas o carinho e o amor que sinto por eles está guardado no cantinho reservado aos grandes amores da minha vida. Não é porque o filho deles foi enxotado de lá, que eles também precisam sair.

Vai Brasil!


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