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As palavras e seu enorme poder

  • Rita Santander
  • 17 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Eu tenho uma lista de razões pelas quais eu deveria ter me separado antes mesmo do fato acontecer. Sabe aquela situação em que você percebe que passou, mas que não deveria ter passado? Então. UMA LISTA de sapos engolidos.

Anos de relacionamento ruim e uma boa parcela de autoanálise me fizeram perceber que eu não devo - e nem você - me calar frente a determinadas situações, mesmo que elas venham em forma de palavras.

Não estou falando aqui de relacionamento abusivo. Esse não tem nem que discutir, né? É motivo pra pé na bunda, lei Maria da Penha e denúncia SIM. Mas estou falando dos pequenos gestos de desrespeito que não devemos permitir e também precisamos cuidar para não cometer. Porque a mágoa guardada é a mais difícil de curar.

Vou exemplificar com uma situação: logo que me casei, morava em um apartamento com uma pequena varanda murada, mas sem grade, em um lugar onde o vendo assoviava. Era uma delícia ouvir o barulho lá de cima, mas derrubava todas as minhas plantas.

Dona de casa nova, resolvi aproveitar um dia de sol e colocar um desses tapetinhos de banheiro para secar nesse espaço da casa. O tempo virou e não percebi que o vento acabou derrubando lá embaixo o item de decoração.

Quando meu ex-marido chegou em casa naquele mesmo dia, percebi o que havia ocorrido e contei para ele, meio com pesar, quando ouvi um sonoro: "mas você é retardada? O que você tem na cabeça!"

Eu não havia derrubado um vaso, arremessado um cachorro ou uma criança do nono andar. Por um acidente, o TAPETE DO BANHEIRO (friso aqui para que todo mundo perceba a importância do objeto), caiu.

Confesso que fiquei sem reação. Mesmo porque, ele virou as costas e foi fazer qualquer coisa em outro cômodo.

Esse é apenas um dos desaforos que ficou sem resposta durante meu ex-casamento, mas que levo como lição para não deixar que isso aconteça novamente. Porém, acima de tudo, me ensinou o quanto as palavras podem machucar ou ofender, ou ainda, fazer as duas coisas e por isso, desde então, eu tenho cuidado com as coisas que digo.

Isso não me traumatizou. Não deixei de colocar as coisas na sacada, porque faço o que quero, né? Mas posso citar inúmeras pessoas que ficam retraídas frente a situações como essas, seja com palavras tortas vindas do marido, namorado, chefe, amigos ou família.

Por isso, não importa o que digam. A doçura é algo que faz parte de mim e sigo sempre afagando com as palavras, por mais duras que elas precisem ser.

PS: Ah, o tapete? Então. Não havia voado da sacada e sim para um canto, onde ficou embolado por algumas horas e hoje enfeita meu atual banheiro!

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