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Be strong!

  • Fabiana Seres
  • 6 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

“Você não sabe a força que tem!” Ouvir isso da minha querida e sábia amiga Hevellin, não fez tanto sentido naquela época. Eu mal conseguia processar o que estava acontecendo mas, mesmo assim, essa frase nunca me saiu da cabeça e hoje posso lhe afirmar que faz todo o sentido. Eu realmente não sabia a força que tinha até precisar usá-la.

Ok, tenho de falar sobre isso com vocês e para ser bem sincera não tenho muito mais vontade assim de falar e lembrar de certas situações, mas vamos lá. Eu não poderia deixar esse assunto passar batido, pois sei bem que ele aflige a maioria das pessoas que passam pelo terrível momento que é o do divórcio.

Eu estava numa situação deplorável, mal comia, mal dormia, mal falava, mal me relacionava com o mundo. Trabalhar era no automático e quando me locomovia com meu carro nem sabia como chegava aos lugares - e se alguém me perguntasse o trajeto que eu havia feito eu não saberia falar.

Parecia bem um vegetalzinho, uma plantinha, que você só precisava regar e colocar à luz por um tempinho.

Eu mesma me colocava nessa situação de “vítima” (sim, vítima era o adjetivo dado por ele, :/ ) e cada vez mais eu me sentia no direito de permanecer assim e, por favor, não considerem essa minha vontade de permanecer nessa situação como algo ruim, afinal ela foi essencial neste processo que só estava começando.

Já falei aqui da dor, ela veio e bateu forte e não parecia ter data para ir embora.

Aquele fundo do poço escuro, frio e sujo, que me dava pânico e muito medo só de imaginar, foi tornando-se cada vez mais íntimo e aos poucos menos tenebroso.

Chegar lá e estar lá por um determinado momento – bem lá no fundo – foi essencial para que eu pudesse repensar e reavaliar TUDO.

Na mitologia grega, ao contrário de Teseu que entrou o labirinto e matou o Minotauro, você deverá acessar o seu labirinto, reconhecer e se apropriar de seus medos. Somente assim você conseguirá domar o Minotauro e guiá-lo para que ele possa sair deste labirinto contigo e tudo isso sem matá-lo, afinal o Minotauro é você mesmo.

Você consegue reconhecer a força que possui um Minotauro?!? Pois então...

Dizem que os grandes e maravilhosos movimentos só se dão com o aprendizado extraído a partir de um momento profundo e intenso de dor.

Era isso! A catarse havia acontecido de forma orgânica e eu havia reconhecido, aceitado e dominado todo o meu sofrimento transformando tudo isso em pura FORÇA.

A minha força sempre esteve aqui eu só não a reconhecia pois talvez nunca havia sido movimentada a utilizá-la em sua potência máxima.

Determinado dia uma amiga me ligou. Ela chorava muito e estava desesperada falando que havia se divorciado do marido e então me questionou: Fabiana, quanto tempo leva para essa dor passar? Quando você começou a ficar melhor? E eu, tentando acalmá-la ao dizer que cada um tem o seu tempo para encontrar a sua cura, respondi tranquilamente:

“Você não sabe a força que tem!”


 
 
 

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