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Sentimentos: cada um no seu quadrado

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 9 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Eu não estou aqui para julgar os SEUS sentimentos. Não mesmo. Mas tenho cada vez mais prestado atenção nos meus. Tenho tentado identificá-los para colocá-los nos lugares ao qual eles realmente pertencem. Sabe aquela coisa de é tristeza ou depressão? Já fiz esse exercício algumas vezes. Em algumas era tristeza e em outras depressão. Conseguir fazer essa diferenciação foi fundamental para seguir em frente e me curar, em ambos os casos.

Quando você se separa, tudo vira um bololo dentro de você. É tristeza, mágoa, raiva, desesperança, falta de amor-próprio, autoestima, apego, entre milhões de outras variáveis. Acredite, eu senti todas.

Durante muito tempo, a cada vez que meu ex dizia que me amava, eu respondia: ama nada, é apenas gratidão. A frase, que se tornou uma piada interna do nosso relacionamento, hoje me diz muito sobre ele. Quando, ao nos separarmos, ele me disse: vc me ensinou a amar, eu disse que tinha sido uma péssima professora. Eu disse no início deste texto que não julgaria os SEUS sentimentos, mas os dele eu julguei. E para mim, aquilo não era amor.

No meio desse bololo todo, foi jogada no chão do closet, em meio ao choro mais sentido que eu já chorei, que eu acredito ter vivenciado o amor verdadeiro. Por mim e por ele. Quando em meio aos meus gritos, que pareciam um grunhido, ele me disse: calma, estamos tentando, e eu respondi: a partir de agora não estamos tentando mais porra nenhuma, naquele exato momento eu percebi que amava verdadeiramente ele. E a mim também.

Foi ali que entendi que eu precisa deixá-lo ir. Meu amor por ele sempre foi tão grande, tão imenso, que só a felicidade real dele me faria feliz e me daria paz. Naquele momento eu entendi que, o que ele precisava mesmo, era viver outras histórias. Viver o que ele havia começado, ver onde aquilo daria. Ele não seria feliz se eu o mantivesse ao meu lado, e dificilmente partiria de vez sem que eu lhe desse esse aval. Ao meu lado, naquele momento, ele não seria feliz. E se ele não estivesse feliz, eu também não estaria. Foi no meio da maior dor do mundo, no fim do nosso relacionamento, que descobri quão verdadeiro era meu amor por ele.

E foi nesse mesmo momento que eu descobri o meu amor por mim. Mantê-lo ali para provar que eu podia, por um joguinho (que eu estabeleci comigo mesma) de se eu quiser eu consigo, não era mais necessário para mim. Eu não o queria mais. Eu só queria a mim. Queria estar feliz, me sentindo plena e grata (como tenho desejado as pessoas em seus aniversários). Mas não queria alguém grato ao meu lado.

Queria alguém que me quisesse feliz, que me quisesse bem, que jamais seria capaz de me fazer mal. Eu não queria ter que me esforçar para juntar os caquinhos de algo que, eu já sabia há semanas, seria impossível colar. Talvez minha teimosia ariana tenha me forçado a ficar mais do que o meu amor-próprio gostaria. Tenha me feito buscar soluções que no fundo eu nem queria buscar.

Se eu conseguisse, naquele momento, pensar como penso hoje, nosso fim teria sido bem mais simples e tranquilo. O amor que sinto por ele teria me feito libertá-lo ao primeiro sinal de que algo não estava bem. O amor que sinto por mim teria feito com que eu tomasse essa decisão 10 dias antes. Deu para entender?

Enfim, se naquele momento eu tivesse sabido distinguir meus sentimentos, acho que teria me poupado horas e horas de sofrimento. Anyway, quem sabe você consiga fazer isso para vc?

Este vídeo da monja Jetsunma Tenzin Palmo sobre amor romântico e amor genuíno vai te ajudar. (Ah tem legenda em português. É só ativar).


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