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O frágil, o cansado e o sabe tudo: fragmentos de pessoas por aí

  • Rita Santander
  • 11 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Eu, definitivamente, segui meu baile, né? Sete anos após o divórcio e sem separações traumáticas ou difíceis após isso (Thank´s God), as meninas desse grupo me chamam de "Esperança". Meu estado atual é, para elas, a certeza de que, não importa a sua história de separação, cedo ou tarde você se recupera disso tudo e volta a ser linda e plena.

Claro que há uma dose de esforço para isso, a qual tenho meu mérito, mas é muito difícil para mim caçar na memória - que já não é das melhores - os sentimentos dilacerantes que sucederam ao meu divórcio. Não consigo! Está tudo bem resolvido, morto e enterrado em mim.

Tudo porém, é aprendizado, né? Aprendi um montão com o que vivi e hoje, isso faz parte daquilo que me tornei e do meu amadurecimento emocional. Mas, embora solidarize com a dor das recém-divorciadas ou com aquelas que estão vivendo o turbilhão da separação, esse não é mais o momento em que me encontro.

Mas relacionamento e convívio humano é sempre uma constante. Eu demorei cerca de um ano após meu divórcio para me envolver emocionalmente com alguém pela primeira vez. Foi tipo um sabático de homem. Um período em que resolvi me dedicar à mim, às minhas questões internas e, finalmente, decidi que estava pronta para me doar na medida certa, em troca de alguém que também o fizesse.

Eu já contei aqui como foi a primeira pessoa por quem me apaixonei. Foi sim, um desastre, mas me ensinou a não aceitar as migalhas que às vezes algumas pessoas nos dão. Digo migalhas porque são aquelas coisas insossas, que não alimentam, mas ainda assim a gente fica catando como se precisasse daquilo. E não precisa, vai por mim.

As migalhas são outro assunto, mas o que quero dizer aqui é que aprendi a identificar quem rola e quem, definitivamente, NÃO, já nas primeiras conversas. Há pessoas que não combinam, não servem, não batem, não geram química e não vai rolar mesmo. Simples. O que eu fazia antes era: "Ah, mas eu nem conheço a pessoa direito. Vou dar uma chance, assim como eu também mereço uma chance de mostrar aquilo que eu sou". E tinha alguns encontros que variavam de entediantes a horríveis. Com isso percebi que para que o olho no olho seja agradável para ambos, é essencial o papo ser delícia e as conversas fluídas desde o começo. Aquelas são o termômetro para sabermos se queremos ou não aquela pessoa por perto.

Mesmo quando a pessoa não se identifica muito com as conversas via Whatsapp, se ela é agradável e se interessa em saber sobre o que você é, a conversa vai fluir a ponto de ambos ficarem interessados num encontro real.

Acha que sou precipitada em julgar pela conversa antes do encontro pessoal? Eu poderia dar MUITOS exemplos com prints como prova, inclusive. Mas serei breve e discreta. Confia em mim e avalie essas situações:

O frágil

"Nossa, mas eu sou muito tímido. Travo na frente de mulher, não sei como agir. Quer me ajudar a tirar minha timidez?", diz o Frágil. "Não, meu bem. Não sei lidar com tímidos assim", respondo, já julgando (sim, é julgamento) o cara parecendo um menino de 12 anos. Dias mais tarde: "O que faz de bom?". Aí respondo: "Vim brincar com meu sobrinho" (foto minha com os carrinhos para ilustrar). "Ah, comigo você não brinca!".

Sério? Sério MESMO???

O cansado

Todo dia ele dá bom dia bem cedo. Eu acordo, respondo, simpática. Horas depois ele manda um "Fazendo?" Eu respondo, lançando uma pergunta ou dando margem para a conversa sobre o tema. Mais algumas horas ele volta, manda um "ah tá" ou coisa do gênero, diz que está mega cansado, acabado na verdade. "Mas ainda é quarta. Tenta relaxar um pouco", eu tento. Ele diz que a semana tá foda! E é isso. Amanhã tem outro bom dia e o ciclo se repete.

O sabe tudo

"Sou barista"

"Nossa. Demais. Amo café. Mas tomo com açúcar. Sei que vocês desaprovam. Se for expresso preciso ainda mais doce"

"ES-presso. Com S"

Ah, vai se fuder, cacete!

Tô muito errada em julgar os livros pela capa, minha gente? Me respondam: o que fariam no meu lugar frente a esses diálogos?


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