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Pelo direito de não estar afim

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 18 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Hoje era dia da Rita escrever, mas entre uma série de outros empecilhos, hoje ela não tá afim.

Eu me ofereci para cobrir ela, mas me dei conta que também não estou afim.

E quer saber? Acho que está tudo bem!

Já fizemos um vídeo sobre o direito de desistir. Depois de anos me cobrando para ir até o fim das coisas, conquistar, conseguir, ganhar eu me permiti desistir e foi libertador.

Então acho que também está tudo bem se permitir não estar afim.

Tem dia que eu acordo e não estou afim de trabalhar.

Tem dia que não estou afim de sair com as amigas.

Tem dia que não estou afim de melhorar.

Tem dia que não estou afim de esquecer tudo.

Tem dia que não estou afim de ser boazinha com o ex.

Tem dia que não estou afim de deixar ele para lá.

Tem dia que não estou afim de virar a chavinha e pensar em algo bom.

Tem dia que estou mesmo afim de mergulhar na minha dor, nas lembranças mais sórdidas. Cada fala, cada sentimento que me magoou, maltratou, espezinhou.

Tem dia que quero fazer uma lista com todas as vezes que ele me machucou. Todas as vezes que quis isso desisti em breve pq achei que seria muito longa e não tava afim de escrever muito.

Tem dia que só quero dormir.

Tem diasque não quero mais fazer o Segue o Baile. Nem a Playboy. Nem nada.

Tem dia que quero dormir 200 anos seguidos.

Tem dia que não quero responder mensagens, atender o telefone e nem postar nada.

Tem dia que quero deletar todos os apps de namoro.

E parar de ser gentil com os caras que adicionei ao whatsapp.

E tem dia que nem sei se quero acordar.

Tem dia que não quero mais fazer terapia (e não faço).

Tem dias que não quero mais gastar dinheiro para me curar de toda essa dor.

Tem dia que não quero falar, andar, assistir.

Tem dia que só quero ficar quietinha no meu cantinho.

E aí tem outro dia. E no outro eu quero tudo, posso tudo, gosto de tudo.

No outro já nem lembro que ele me feriu (ou o quanto me feriu). No outro me vejo bem, feliz, animada. Tenho orgulho dos meus trabalhos (Segue o Baile e Playboy) e de como eles atingem as pessoas. Quero muito falar com a Carol porque ela me ajuda demais. Quero sair, passear, falar, ver filme, nadar. Quer arranjar um novo namorado, casar e ter filhos. quero ficar com meus amigos, parentes e conhecidos. Quero ajudar o próximo, comprar uma roupa e tomar sorvete. Quero ser feliz e sou, altamente, lindamente, felizmente.

A vida é mesmo uma eterna gangorra. E estou aprendendo que posso parar para descansar em qualquer um dos lados dela. Ambos estão dentro de mim, e me fazem ser a pessoa que gosto de ser.

Você também se sente assim né?


 
 
 

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