A paz chegou
- Fabiana Seres
- 27 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
Confesso que estou aqui delirando em frente a esta tela tentando imaginar o que escrever para vocês hoje. Sinto tamanho vazio que me faltam as mínimas e necessárias palavras para redigir algo legal e inspirador.
Vejam bem, é um vazio bom, de paz e tranquilidade que eu não sentia há tempos.
Não sei explicar (aliás sei muito bem, afinal aos poucos me livro de amarras bem das amargas) mas ele veio numa hora em que eu menos esperava ou procurava por ele e não é que eu não tenha pedido por ele, pedi sim e muitoooo, mas eu somente permiti que ele viesse no momento em que eu mais precisasse dele...mesmo não sabendo exatamente quando seria esse momento....daí, o nosso generoso universo se encarregou e fez isso por mim no momento preciso.

Hoje é uma segunda-feira daquelas bem preguiçosas e chuvosas e eu confesso que gostaria de estar assistindo a qualquer coisa na TV só para ter a desculpa de estar largada no sofá, esparramada daquele jeito, até aquela dorzinha no pescoço aparecer de tão relaxada e largada que estou.
Sou dessas que gosta de assistir um filme atrás do outro, me julguem! rs.
Gosto de fazer isso e poder perceber que o dia já escureceu e eu fiquei na lá inerte e na minha, me sinto feliz e tranquila, enquanto o mundo todo passa lá fora. Muitas vezes não me sinto incomodada pelo fato de estar isolada de tudo e de todos, isso me faz um bem danado em algumas situações.
O isolamento é essencial para que eu me cure de grandes acontecimentos ruins, faz com que eu pense com mais clareza e potência em toda a minha trajetória e até me afasta de tudo que é desnecessário e me aproxima do que realmente me faz feliz, mais um vez o universo está agindo por mim e para mim no seu devido momento.
E foi assim, a paz invadiu e vou aproveitar enquanto ela reina por aqui....por isso compartilho com vocês um poema de Florbela Espanca, uma mulher de forte personalidade que buscou seus sonhos, seus amores, sofreu com suas escolhas, como muitas de nós.
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados, Dizendo coisas que ninguém entende! Da tua cantilena se desprende Um sonho de magia e de pecados. Dos teus pálidos dedos delicados Uma alada canção palpita e ascende, Frases que a nossa boca não aprende, Murmúrios por caminhos desolados. Pelo meu rosto branco, sempre frio, Fazes passar o lúgubre arrepio Das sensações estranhas, dolorosas… Talvez um dia entenda o teu mistério… Quando, inerte, na paz do cemitério, O meu corpo matar a fome às rosas!
Uma linda semana para todas nós e SEGUE O BAILE!

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