O amor mora nas pequenas celebrações
- Rita Santander
- 6 de dez. de 2017
- 2 min de leitura
Muita gente aqui sabe que a Tabata é muito minha amiga. Nos conhecemos há muito tempo e, tirando a primeira bicicleta e a perda da virgindade (fato este que lamento até hoje), estivemos presentes em muitos, muitos momentos importantes da vida uma da outra. Por essa razão é comum vocês lerem relatos onde ela é personagem.
Bom, estávamos falando esses dias sobre as manifestações de amor públicas. Eu mandei uma foto de um casal que comemorava um mês de namoro, dizendo que acho desnecessário e até meio bobo dar toda essa importância aos meses vividos juntos, isso porque eu não dou muito importância para datas.

A resposta dela não me fez mudar de ideia, mas veio reflexiva: "com tudo que eu perdi, hoje eu provavelmente celebraria tudo que eu achasse legal celebrar. Não vejo como uma demonstração de amor e de afeto possa ser ruim."
De fato, não é ruim comemorar. Apenas quem ama e é amado sabe o valor de cada dia junto e suas comemorações. Mas para mim, essa celebração acontece no dia a dia, muito mais que aos 30, 60 ou, a longo prazo, 365 dias de união.
Olhar para o outro com atenção e desejar, de verdade, que aquele seja um bom dia faz mais sentido que as flores ou o vinho para brindar um número de dias.
O jantar, mesmo que apressado, após um dia cansado, feito à mesa enquanto falamos do nosso dia tem mais valor que o restaurante com reserva feita.
A conchinha, o cafuné, a DR que pontua o crescimento do casal, o Netflix com pipoca, as mãos entrelaçadas e o olho no olho. O sexo com intimidade, o papo pela madrugada, as angústias compartilhadas e as tristezas superadas... Faço minhas as palavras da Tabata, e concordo que cada momento importante deve ser comemorado. Só não preciso de um dia marcado para isso.
A celebração está nos pequenos e simples gestos! Se a gente é capaz de mantê-los dia após dia, quente e feliz, a flor, o vinho e a troca de carinho público em datas pontuadas se torna só mais uma fagulha para manter aceso o sentimento.
E as comemorações não se restringem só ao relacionamento amoroso. Temos um círculo de pessoas com quem convivemos diariamente, sejam pais, filhos, amigos e até primos, como é meu caso, com quem divido a casa e a vida. Diariamente, eu sou grata por ela me fazer companhia e celebro ela ser a tia das minhas cachorras com tanto carinho. E nem sequer me lembro quando essa relação começou. Novamente, a celebração é feita dia após dia. Porquê é assim que faz sentido para mim. Sem data ou hora marcada!
Não se trata de data, mas sim da relação que criamos e construímos. A vida parece mais leve quando compartilhada e celebrada com quem amamos.
Mas, e você? Tem valorizado os bons momentos com as boas pessoas da sua vida?

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