A volta triunfal com uma ligação!
- Fabiana Seres
- 8 de dez. de 2017
- 3 min de leitura
- Oi.
- Olá, como está?
- Não sabendo lidar com tanta informação.

Esse foi o prelúdio de uma das conversas mais libertadoras dos últimos tempos, que aconteceu com meu ex.
Após o término do meu relacionamento, durante muito tempo eu me preservei. Mal saía de casa ou me conectava com pessoas. Foi um tempo em que eu tive para "vegetar" junto com as minhas ideias sobre tudo o que havia acontecido.
Nessa onda de reclusão, muitos assuntos acabavam sendo enterrados e pouco verbalizados, e quando conseguia expor o sentimento, fazia isso só comigo mesma.
Manas, ter a oportunidade de estar no programa Encontro com Fátima Bernardes foi uma das maiores alegrias que tive desde que criamos este canal, porém muita água rolou depois deste fatídico dia.
Muita coisa boa, por sinal. Muito carinho e mensagem de apoio, muitas novas histórias e isso que nos mantém firmes até aqui. Mas, infelizmente, percebi um certo mal gosto em zombarias (por parte do lado de lá) em torno de um tema sério e muito doloroso, pelo menos para mim: a minha separação. E assim... não achei nada respeitoso como foi tratado e exposto!
Quando soube dessas brincadeiras de mal gosto, eu só pude abstrair e fingir demência. Analisei e contrai uma paciência de Buda... mas no fundo no fundo mesmo, eu queria era socar o olho de muitas pessoas.
Como podem estar rindo de algo tão sério?! Como o ser humano é tão patético a ponto de usar o tema da dor alheia e zombar em cima disso?!
A resposta, na verdade, eu já tinha: eles são patéticos!
Patético mesmo foi perceber que um dos personagens desta história (no caso o meu ex) posava de "sou o cara mesmo e foda-se você, sua dor e sua história!"
Meu ex! Inteligente, estudado, esforçado, julgador sênior do comportamento alheio, permitia se expor da forma totalmente contrária como eu o descrevi no programa quando eu o elogiei... e ele fez o que mesmo? Na minha opinião, ele tripudiou.
Essa foi a gota d´água e percebi que, se eu não externasse o que eu pensava sobre tudo isso, incluindo o comportamento dele, eu explodiria.
E quer saber? Não me importei nem um pouco com o que ele iria pensar do que eu tinha para dizer quando continuei naquela ligação. Foi só sobre MIM e a MINHA VONTADE que a conversa discorreu.
É óbvio que temos que filtrar o que iremos lançar aos ventos. Temos de ter cautela e pensar muito bem o que falar e quando falar. Isso chama-se discernimento e além dele devemos ter o bom senso.
Mas esse tema, a falta de respeito com a qual fui tratada após dar a cara a tapa em rede nacional, era algo que sempre me pegava e me puxava pelo pé, lembrando que meu ex ainda estava lá para me atormentar... Eu não havia digerido aquilo e sentia vontade de expurgar.
Durante muito tempo eu me policiava e me bloqueava sobre como eu deveria ser e me portar, parecia que eu era constantemente julgada pelas minhas atitudes e por simplesmente ser eu mesma. Com isso, fui me negando e me anulando das piores formas possíveis. Ficava preocupada com o que ele ia dizer sobre mim e sempre me arrependia das minhas atitudes - por ele e pelo que ele pensaria.
Foi difícil me desapegar dessa crença maldita construída para me fazer mal até o momento que decidi ser eu mesma, livre, leve e solta.
Se eu me arrependo do que fiz e falei? Nem preciso responder né. rssss.
Segue o Baile galera!

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