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Sobre seguir o baile em publico...

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 8 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

E aí um belo dia, em que Fabi e eu estávamos sofrendo muito com a separação e a Rita (como sempre, obrigada amiga) estava lá tentando nos consolar, surgiu a ideia de criar o Canal Segue o Baile.

Porque será que um assunto tão doído tinha tão pouco conteúdo na internet? Lembro que fui eu quem disse: "queria tanto encontrar relatos de pessoas que passaram por isso, que sofreram com isso, e que superaram, mas não acho. Só acho textos jurídicos, sobre direitos, guarda dos filhos."

Confesso que achei alguns outros conteúdos. Mas parecia receita de bolo e aquilo não me tocava e não funcionava para mim.

Foi então que questionamos: será que só a gente sofre assim? Será que só a gente passa por tanta dor ?

Claro que não. A dor da separação é grande para quase todos que passam por ela. Há quem afirme que passou por uma separação tão amigável que nem doeu. Para mim são pessoas superiores, porque não consigo imaginar isso.

Foi então que, seguindo os ensinamentos do meu mestre Zé, coach do IBC, eu decidi usar uma ferramenta incrível chamada: TBC - Tira a Bunda da Cadeira. A teoria é bem simples: se você quer algo, tire a bunda da cadeira e comece a fazer. Uma câmera, um microfone, um lugar e muitas ideias de conteúdo e estávamos no ar. Nada feito de forma profissional (e por isso o audio é tão ruim, mas essa é uma coisa que estamos trabalhando bastante para resolver).

Hoje são mais de 2 mil seguidores no canal (um número bem pequeno se compararmos com Whindersson Nunes, ou algumas canais de maquiagem), mas saber que fazemos a diferença na vida de algumas pessoas faz valer a pena. Nem que fosse na de uma só, já teria valido a pena.

Ah que fácil que foi heim, Tabata? Não mesmo. Há vários fatores que não são fáceis (gravar, editar e escrever na hora que deveríamos descansar já que tomos outros empregos e não ganhamos nada com esse Canal, querer ajudar mais do que de fato conseguimos, equipamentos bem amadores incapazes de atingirem o resultado que queremos, etc).

Mas o que eu queria mesmo falar é sobre passar por tudo isso publicamente. Ok, não estamos na Rede Globo (ops, acho que já estivemos heheheheh Não lembra? Clica aqui) mas abrimos nosso coração para quem quiser nos ver e ouvir. Há também nossas família e amigos (e acredite, não é nada fácil saber que eles saberão que já transamos com outra pessoa, por exemplo), há a chance do ex (e da namorada do ex) estar vendo - e aí é preciso ser forte para não cair na tentação de mandar indiretas (coisas que acredito estarmos fazendo bem) e há também a carga emocional disso tudo.

Normalmente gravamos 8 vídeos em um final de semana. Antes disso pensamos muito nos temas. Debatemos sobre eles o como eles podem ser úteis. Falamos também sobre o viés que usaremos para abordar determinado assunto. Contamos nossas histórias, relembramos detalhes, tentamos conversar com outras pessoas que possam trazer mais relatos sobre o tema. Enfim, trazemos tudo a tona. Tudo aquilo que queremos esquecer, para nós fica sendo lembrado e esmiuçado até atingirmos o que acreditamos ser o ponto certo.

Juro, saio das gravações me sentindo atropelada por 3 caminhões. E não sou só eu, as meninas também. Das últimas vezes fiquei uns 3 dias mal. É difícil trazer tudo para a superfície dias após dia. Rever as coisas. Analisar onde erramos, o que podia ser diferente, o que de fato podemos dizer, baseadas em nossas experiência, que ajudará vocês, seguidoras. Eu já falei em algum texto que eu tive dó da pessoa que fui por alguns meses. Eu sofri tanto, tanto que só de lembrar da minha dor tenho vontade de chorar. Então rever tudo isso não é fácil. O bom é que isso já passou e vocês estão podendo ver quase que em tempo real nossa melhora, tipo o Show de Trumam, hahahah (amo esse filme!).

Porque fazer isso então, Tabata? Vontade de aparecer? Não mesmo.

Acreditem em mim: eu poderia aparecer de outras maneiras se quisesse. Mas sabe aquela história de achar um propósito na vida? Pois é. Quando eu entendi que talvez todo aquele sofrimento tenha acontecido para que eu pudesse ajudar os outros, tudo valeu a pena. Gravamos ontem e hoje minhas costas estão me matando, mas está tudo bem. Porque cada vez que me vejo ajudando alguém, cada vez que vejo uma mulher do grupo ajudando outra que ela nem conhece, tudo vale a pena.

Ver tanto relacionamento abusivo, pessoas minimizando as dores de amor, tanto desrespeito do ser-humano com o próximo me fazem morrer um pouquinho a cada dia. Mas ver o Segue o Baile ajudando alguém, e proporcionando a possibilidade de pessoas do bem se encontrarem, para juntas acharem um caminho melhor, ufa, é incrível.

Feliz 2018! E muito obrigada mesmo por estar aqui.


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