Eu não te amo mais!
- Tabata Pitol
- 26 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Saber a hora de pular do barco evita mágoas e decepções desnecessárias, causadas pelo bolo de sentimentos que não reconhecemos mais em nós.

No último ano do meu casamento eu tenho certeza - bom, hoje eu estou bem certa disso - que eu não amava mais meu marido. Talvez até antes disso. O desinteresse por tudo que era dele, a falta de cuidado, de tesão e até a vontade de passar mais tempo trabalhando que em casa fazendo programas a dois eram indícios disso, mas ainda assim, não consegui entende esses sinais como falta de amor. Parece bizarro que eu mesma, que vivia dia e noite aquele casamento, não me dei conta que já não havia mais amor ali, e olha que eu valorizo muito isso em uma relação. Afinal, foi por amor que eu me casei com ele. Se fosse com o Cauã Reymond seriam outros os motivos, mas com ele, foi amor mesmo. Quando ele disse que não queria mais estar casado comigo eu, sinceramente, não esperava aquilo e sofri pela rejeição, pela perda da minha família, do meu lar e da ideia que eu tinha de estabilidade. Mas não sofri pela falta dele ou do amor dele. Isso não significa que não doeu. Nossa! Achei que morreria de amor (mesmo sem amor, olha só!). Mas, depois de um mês, passado aquele furacão, percebi que aquela decisão poderia ter sido tomada por mim. O fim era certo, eu só não tive a coragem nem o discernimento para tomar a atitude. Todo dia a gente vê mulheres sofrendo e dizendo que ainda ama o ex, que sente falta, que também acha que vai morrer. São as mesmas pessoas que conseguem apontar vários elos fracos no ex-relacionamento: comportamentos abusivos, falta de interesse mútuo e várias coisas que minam nossos sentimentos. Então, se você é uma dessas pessoas, será que você não está sofrendo por um ex-amor? No bololô de sentimentos que encontramos durante a separação, você já parou para olhar com atenção para o que você está sentindo? Vale à pena ficar atenta à você, tentar separar o que é rejeição, do que é saudade, do que é vontade, do que é ciúmes, do que é amor. Assim, com os sentimentos organizados e cada um no lugar certo e com a importância que deve ter, você decide pelo que deve lutar e pelo que vale sofrer. Desembola, menina. Muitas vezes, a resposta está aí escondida atrás das lágrimas e você nem vê que está indo para uma nova história.

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