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Como eu segui o baile - e tomei as rédeas da minha vida

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 5 de fev. de 2018
  • 4 min de leitura

Tenho defendido nos posts que comento no Facebook que somos nós quem devemos tomar as rédeas e definir os rumos da nossa vida, saber em que momento estamos, para a partir daí seguir o baile.

Mas o que isso realmente quer dizer? Simples: que enquanto deixarmos as decisões nas mãos de terceiros, dificilmente sairemos dançando por aí.

É fácil? Nem um pouco. Talvez, ter tomado as rédeas da minha vida, tenha sido a coisa mais difícil que já fiz. Mas foi fundamental para, alguns meses depois do meu divórcio, eu estar sendo capaz de sair, me divertir, viajar e conseguir ter momentos de sincera felicidade.

Como fazer?

Eu achei que meu casamento era para sempre. Achei mesmo. O tempo ia passando e eu me pegava pensando: meu que sorte. Me casei com o meu melhor amigo. Um cara integro, batalhador, que me diverte e gosta de coisas muito parecidas com as que eu gosto. Eu amava meu ex como nunca achei que fosse capaz de amar alguém. Sei que é polêmico, mas algumas vezes pensava: se eu tiver um filho serei capaz de amar meu bebê como amo esse cara? (talvez um dia escreva sobre isso).

Do meu lado, acho que fui uma ótima esposa (e como ex então, sou incrível, hahahah, mas um dia escrevo sobre). Eu era dedicada, preocupada, fazia surpresas, era carinhosa, fazia as coisas que ele achava chatas, era atenciosa, e o priorizava.

Dentro desse cenário, não é difícil concluir que, quando ele me pediu para tentarmos de novo, depois de tudo que aconteceu, eu não titubeei. Claro, eu impus algumas condições, mas ele logo estava lá na nossa cama novamente, onde havia decidido que queria estar.

Na terapia, primeiro dia, primeira pergunta da Carol: o que você quer Tabata? - Quero perdoá-lo para voltarmos ao casamento incrível que tínhamos, respondi.

Agora vamos lá: essa pessoa aí de cima tinha as rédeas da sua vida em suas mãos ou estava fazendo apenas o que a pessoa que ela mais amava no mundo queria?

Ele dormiu na nossa casa sábado, domingo, e na segunda eu não conseguia deitar na mesma cama. Na terça ele ainda ficou, mas passei a noite toda chorando no sofá. Na quarta ele foi (pq pedi para ele ir). Sábado voltou e proferiu a frase: calma, estamos tentando. A qual respondi: não estamos tentando mais porra nenhuma.

Na segunda, quando descobri que algumas das coisas que eu havia pedido para ele, não haviam sido cumpridas, ao telefone ele me disse: falamos mais tarde, e eu disse: não. Essa é a última vez que nos falamos.

Certamente ele não acreditou naquilo. Mas foi ali, entre soluços e falta de ar, numa estação de metrô às 10h da manhã, onde todos olhavam para mim ,que eu peguei as rédeas da minha vida nas minhas mãos. Foi ali, sentada no meio do nada, que meu amor próprio finalmente surgiu.

Liguei para o meu pai e ele foi me buscar. No carro, tremendo, contei tudo que o ex havia feito. Não havia contado até então. Achava que ficaríamos juntos e queria preservar a imagem de bom moço do rapaz. Meus pais o amavam como um filho. Sei que ainda o amam. Meu pai fala dele com muita frequência e chegou a dizer que era ele quem mais estava sofrendo nisso tudo. Tadinho, aceitei sem discutir!

Quando cheguei em casa, fui com a minha mão ao meu apartamento e coloquei em sacos de lixo (não havia mais malas) tudo que ainda restava dele lá - no dia do "não estamos mais tentado"-, pedi para ele levar as roupas todas. Liguei para minha ex sogra, de quem sinto muita falta, e fui lá, com 6 sacos de lixo nas mãos e em prantos devolver o meu menino. Quando nos casamos eu prometi a ela que cuidaria dele. Fui lá dizer que a partir daquela data, eu não estaria mais cuidando.

Abrir mão de um amor tão grande foi muito difícil. Mas eu não podia mais. Naquele momento eu vi que ele precisava da minha liberação para ir viver algo que provavelmente ele precisava viver. E eu, naquele momento, entendi que precisava cuidar de mim.

Foi assim que eu tomei as rédeas da minha vida.

Naquela semana, na terapia, falei: Carol, não quero mais perdoá-lo. Quero saber como me reerguer e seguir em frente. E foi assim que comecei a trabalhar para seguir o meu baile.

Foi fácil? Nem um pouco. Abandonar um grande amor da sua vida, é das piores dores do mundo. Tá fácil agora? Bem mais fácil. Ainda dói, mas já é suportável.

Fato é que se eu tivesse continuado deixando ele decidir - separa não separa, fica, não fica, deixa as roupas, leva as roupas, manda mensagem, não manda mensagem - eu estaria o mesmo fiapo de gente que fui em abril e maio do ano passado.

Por isso fica minha dica, ou melhor, meu apelo: cuide de vc! Descubra o que VC quer, e comece a caminhar o caminho da sua recuperação. Seguir o Baile não é fácil, mas dançar feliz é uma das melhores sensações da vida!


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