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Xeque-mate

  • Ademar Rodrigues
  • 13 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

(Leia ouvindo “Alma Sebosa” – Johnny Hooker)

Talvez você concorde comigo: poucas são as pessoas que não querem encontrar um grande amor. Pergunte para seus amigos. Acredito que a maioria sonha em encontrar alguém para compartilhar a vida.

Após sair de um relacionamento dizemos a nós mesmos que nos bastamos. “Nossa, o qual maravilhoso é estar solteiro”. Até pode ser verdade, por um certo tempo. Aquele período em que precisamos maturar alguns sentimentos e colocar em prática projetos engavetados.

Esse momento passa e estamos prontos novamente para o amor. Quando menos esperamos surge uma nova pessoa. Voltamos a sentir aquele friozinho na barriga, típico de quando estamos conhecendo alguém. E, com ele surge também o medo de nos machucarmos novamente. Afinal, algumas cicatrizes não estão totalmente curadas. Mas ainda assim, resolvemos nos dar mais uma chance. E lá vamos nós!

Mas antes de se lançar em uma nova história, fique atento e fuja das ciladas.

Certa vez, numa roda, um amigo contava todo confiante e feliz que finalmente estava saindo com um garoto que queria conhecer já tinha um tempo. Coincidentemente, nessa mesma hora chegou uma mensagem dele. Ele parou, pegou o telefone, leu e não respondeu. Perguntei: “E aí, não vai responder?” Então, ele me explicou que estava fazendo o jogo do amor. Que precisava valorizar seu passe, que responderia somente no dia seguinte. Fiquei pensando no pobre do garoto checando a cada minuto se ele tinha respondido. Imagino a ansiedade, a insegurança que aquela atitude teria despertado nele (mal sabia eu que vivenciaria os mesmos sentimentos).

Alguns dias depois encontro esse mesmo amigo e pergunto como estava indo o relacionamento. Ele já não parecia mais tão confiante. O motivo? O tal garoto já não mandava mais tantas mensagens quanto no início e não atendia mais o celular com tanta rapidez. Oras, ele tinha decido jogar o mesmo jogo. Óbvio que a história não seguiu adiante.

Recentemente me vi numa situação semelhante, só que eu fui o tal garoto. Conheci um cara por meio das redes sociais. Sabe aquela história da pessoa curtir e comentar toda foto que você posta? A gente olha e pensa: “Hummm, está interessado.” E estava. Um dia ele me mandou um direct convidando para sair. Rapaz gente boa, divertido, inteligente.

Saímos algumas vezes. Mas no jogo do amor ele era o artilheiro.

Quem me conhece sabe: gosto de mostrar interesse. Uma coisa que aprendi depois de alguns relacionamentos foi que, quando se está a fim deve-se ir atrás (às vezes isso pode ser bem catastrófico). Pautado nesse lema mandava mensagens, convidava para sair. Ele só respondia horas depois (tá, às vezes, só no dia seguinte). Eu, pelo contrário estava sempre lá. Certa vez recebi uma mensagem às duas da manhã: “Comprei uma garrafa de vinho. Posso passar aí?” Eu gosto de vinho. Fazer o quê?

Alguns jogos até que são bem interessantes. Ajudam a incrementar uma relação. Mas, poxa... A falta de tantas respostas colocou fim em algo que poderia ter sido bem bacana. Então, desisti. Quanto a ele? Continua curtindo todas as minhas fotos.

Conscientes ou inconscientes jogamos. Confesse: quantas vezes você mesmo já deixou de responder a mensagem do pretendente só para não parecer muito interessado? Ou ainda: deixou de ligar no dia seguinte para perguntar como tinha sido o dia. Isso é perfeitamente natural. Por orgulho ou medo temos essa reação. Às vezes fazemos isso para checar o grau de interesse do outro em um relacionamento a longo prazo. Outras, apenas para a deixar a pessoa em stand by, enquanto não aparece alguém mais interessante. ]

Eu digo que é um tipo de defesa. Eu mesmo já devo ter jogado algumas vezes. Mas, o pior é que não percebemos que nesse jogo não há ganhadores.

Se apaixonar é correr riscos. É dizer que gosta, que está a fim, que quer estar junto. Às vezes é preciso colocar as cartas na mesa. O outro também pode estar se sentindo inseguro em relação aos seus sentimentos. Tenha uma conversa franca. Sem cobranças, sem regras. Apenas diga o que realmente sente.

Porém, se ainda assim os jogos não terminarem, pode ser que o outro seja apenas um manipulador egocêntrico.

Dê um xeque-mate.


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