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Nenhum filme merecia o Oscar, mas um me fez pensar...

  • Foto do escritor: Tabata Pitol
    Tabata Pitol
  • 5 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Ontem eu não assisti ao Oscar. Os dogs ficaram doentes e não me deixaram dormir por duas noites. A tarde trabalhamos no Canal e quando cheguei estava exausta. Juntou-se a isso a minha falta de adoração pelos filmes que estavam concorrendo.

"A forma da água" eu odiei. E os outros, embora não fossem péssimos, não conquistaram meu coração como "Lion", por exemplo, conquistou. Mas eu acredito que mesmo as coisas que não nos arrebatam, nos ensinam algo. E assim foi com o longa "Me chame pelo seu nome".

A lerdeza do filme me cansa, mas é uma boa produção. Melhor ainda é o diálogo que Élio, o personagem principal, tem com seu pai no fim do filme. O diálogo é grande e por isso editei para as parte que profundamente me tocaram:

"Agora você pode não querer sentir nada. Talvez nunca tenha desejado sentir algo. Mas sentir algo, você obviamente sentiu. E eu o invejo. Nós arrancamos tanto de nós mesmos para nos curarmos mais depressa das coisas que ficamos esgotados perto dos 30 anos. E temos menos a oferecer toda vez que começamos algo com alguém novo. Mas se obrigar a ser insensível... assim como não sentir nada... Que desperdício! Falei fora de hora? Como você vive sua vida é da sua conta. Só lembre-se... Nosso coração e nosso corpo nos são dados apenas uma vez. E... antes que perceba, seu coração estará esgotado. E seu corpo... chega a um ponto em que ninguém olhará para ele. Muito menos querer chegar perto dele. Agora, você sente tristeza... dor... Não as mate. Muito menos a felicidade que você sentiu."

Eu certamente sou essa pessoa que tentou matar tudo para parar de sentir. Por sentir demais, por sofrer demais, arrancar tudo de dentro de mim foi o caminho que escolhi. E não foi ruim. Foi necessário. Mas não quero me tornar insensível, não quero ter menos a oferecer no próximo relacionamento (e sim, isso começou a acontecer) e sinceramente não quero esquecer as coisas boas (acredite em mim, até isso eu consegui bloquear).

Estou no momento de fazer as pazes com os meu passado. De ir trazendo para a memória tudo que foi bom mas que joguei no porão mais escuro da minha cabeça. Não daria o Oscar para esse filme, mas certamente, ele me fez pensar...obrigada sr. pai do Élio!


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