É só a ponta do iceberg manas...
- Fabiana Seres
- 9 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
- ...massss... eu não disse isso!!!
- Disse sim.
- Mas não é isso o que eu quero e nem é o que eu decidi para mim.
E páhhh! Então, finalmente, eu fui para o divã e minhas sessões de análise tornaram-se bem mais profundas.
Friso aqui que pela quantidade de lágrimas que costumo derramar - e o jeito arrasada de como saio de cada sessão - eu imaginava que já havia atingido o nível máximo em termos de profundidade.

Voltei a abordar as minhas dores na coluna - sim, elas voltaram! - e cheguei a definição de que ando me abalando demais devido a minha estrutura ser remexida, revista e ressignificada.
Nesta fase de ainda decisões quanto à minha separação, ao mesmo tempo que eu tento ser forte e direta, é impossível ser imparcial afinal essa é a minha história [ou, para quem assim desejar nomear, é o meu conto de fadas com unicórnios saltitantes vestidos com saias de tule cor-de-rosa] e, ver a sua estrutura se movimentar, não é tarefa fácil de lidar.
Fico aqui imaginando que pessoas tomam decisões todos os dias e a todo o momento e fico imensamente curiosa para saber qual o impulso dessas decisões.
Qual o conteúdo acessado para que decisões sejam tomadas?
Fato é que não há decisões boas ou não, mas decisões tomadas com base no que temos para analisar e decidir o que é melhor para nós em determinado momento.
Lidamos com o que temos!
Enquanto eu tento ser objetiva e resolver todas as questões práticas da minha vida, há um mundo todo acontecendo abaixo da superfície onde muitas informações estão se cruzando e me “enlouquecendo”, sem mesmo que eu perceba e isso fez com que eu percebesse que a minha angústia e a minha indecisão originavam de algo lá do inconsciente e que eu nunca havia prestado a devida atenção e dificilmente teria condições de chegar até lá sozinha.
Em uma das sessões de análise - e me achando a própria diva no divã - deixei escapar algo que não percebi, mas que a analista enfatizou e martelou até eu entender e conseguir diferenciar a minha fantasia da realidade e a minha fantasia desejava por algo que hoje a minha realidade não me permite! E assim eu seguia confusa, o que me impedia de prosseguir com uma decisão que, ao mesmo tempo, me trouxesse paz.
Não há regras para se tomar uma decisão.
Vejam bem, não há regras para se tomar uma determinada decisão, mas acredito que podemos olhar com mais carinho esse nosso mundo desconhecido e chamado de inconsciente, pois ele tem tanto a nos dizer e possui todas as respostas que procuramos, basta acessá-las.
Olhe com carinho para dentro de si e você encontrará todas as suas respostas.
Tenho a sorte de ter uma excelente profissional me guiando nessa jornada, que por muitas vezes é complexa, dolorida, mas muito compensadora no final.

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