Ao homem da minha vida!
- Fabiana Seres
- 23 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
Há um ano nascia um dos homens mais importantes da minha vida, meu sobrinho amado, filho do meu irmão mais velho.
Era um dia de semana e ainda estava bem cedinho quando eu e ele nos dirigimos felizes até à maternidade antes de seguirmos cada um para o seu trabalho.
Aquele bebezinho fofo, enorme, bochechudo, corado, cheio de saúde e de vida tinha um brilho especial e trazia muita felicidade e luz consigo, a luz era tão imensa que acabava de certa forma disputando espaço com a luz do sol que entrava pela janela daquele quarto da maternidade, ofuscava, enchia de alegrias, realmente era um dia muito especial.
Eu já amava muito aquele "serzinho".

Observar o meu ex segurando-o no colo, conversando e brincando com ele, balançando-o para lá e para cá enchia o meu coração de plenitude.
Era visível que ele estava todo babão e aquela era definitivamente uma das cenas mais lindas e encantadoras que eu já havia presenciado, eu sempre o percebia quando estava algum bebê em seus braços - filhos de amigos nossos - mas desta vez era bem diferente afinal era o meu sobrinho, o nosso sobrinho.
Radiante mesmo estava eu com a ideia de sermos os dindos (padrinhos) daquele bebê fantástico que chegou para nos ensinar muitas coisas e a mais importante delas era o perdão (!!!), além disso tínhamos uma vida a zelar e a cuidar e isso nos tornava muito especiais naquele cenário todo.
No entanto, esse plano estava com os dias contados... após alguns 2 meses já estávamos separados e não éramos mais aquele casal que cuidaria daquele bebê, isso me doeu muito e de muitas formas, pois aquela missão divina parecia se quebrar e se romper.
E agora?
Eu morria de medo de encarar tudo sozinha, encarar as pessoas, seguir com os eventos e as datas especiais sem ele mais pareciam um terror todo misturado a um drama mexicano sem fim, eu não me sentia nada segura sem ele ao meu lado naquela jornada, afinal eu havia aceitado o cargo com ele.
O primeiro evento formal foi o batizado do meu sobrinho e me arrepiava em saber que ele não estaria ao meu lado. Eu criei toda uma expectativa de como seria essa data tão marcante e especial para a família, mas ele não estava lá e não estaria nas fotos que ficariam para sempre em nossas memórias mais lindas.
Chorei. Chorei muito, pois além de ele não ser mais o padrinho ele também não estaria mais presente em todos os momentos fantásticos que é acompanhar o crescimento de um bebê, ele não acompanharia mais o primeiro sorriso, a primeira palavra pronunciada, o primeiro dia na escolinha, o primeiro dia que começara a engatinhar e agora quase a andar, ele não acompanharia mais como ele é esperto e divertido, sorridente e feliz e todas as conquistas e felicidades que ainda estão por vir.
Enfim, o papel de dindo foi assumido pelo meu tio materno, mas nada me tira da cabeça que ele seria imensamente feliz e grato em poder participar dessa missão divina que é ser dindo do ser humano mais fantástico que Deus poderia nos enviar como forma de recompensa para aqueles dias nublados que vivemos no passado.
Aos poucos as tristezas e inseguranças vão se dissipando, afinal ser dinda toma tempo (rss) é ser presente, é se preocupar, é cuidar, é amar e eu dei lugar a bons momentos e a muito amor nessa delícia que é ser madrinha.
Feliz um ano Nico, amamos você!

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