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TRÊS (OU MAIS) FORMAS DE AMAR

  • Ademar Rodrigues
  • 10 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Se você pesquisar a palavra Monogamia no Google, vai encontrar centenas de significados, que no final se resumem a um só: “é a condição daquele que é monogâmico, ou seja, que tem um só parceiro”. E se você perguntar aos seus amigos as respostas também não serão diferentes disso. Agora, você pode se surpreender sobre a aplicabilidade do termo nas relações. Eu descobri isso neste final de semana, numa conversa com amigos.

Cena do filme Três Formas de Amar do diretor Andrew Fleming

O assunto era sobre ser ou não fiel, ser ou não monogâmico. E, para a minha surpresa, eu era o único do grupo que ainda acreditava num relacionamento com apenas um parceiro. Veja, não estou dizendo aqui que meus amigos não amaram ou amam seus/suas parceirxs. Ao contrário. Alguns fizeram verdadeiras declarações de amor. Porém, no entendimento deles ser fiel não tem nada a ver com ser monogâmico. No primeiro caso, está mais relacionado aos sentimentos, já o segundo aos desejos e instintos. Complexo, né? Foi então que um deles tentou me explicar: “Se eu não amasse, não estaria com a pessoa (ser fiel), o que não quer dizer que eu necessariamente tenha que ser monogâmico”. Então respondi: “Ah, ok. Claro que você pode se interessar por outras pessoas. Mas levar isso adiante é uma questão de escolha. Certo?” E, digo mais: uma escolha racional, sim. Sem aquele papinho de que aconteceu do nada, que quando se deu conta já tinha rolado. Não, eu não acredito nisso.

Voltando para o meu grupo de amigos, perguntei se eles e seus/suas parceirxs tinham conversado e acordado que viveriam esse tipo de relação. “Não. Meu/minha parceirx não precisa saber dos meus relacionamentos com outras pessoas.” Cutuquei um pouco mais: “Entendi. Então você está sendo fiel somente aos seus sentimentos e desejos, certo? Mas o nome disso não é traição?” Um breve silêncio na sala. Fui para casa pensando. Até uma enquete no Instagram rolou, mas não achei muito confiável. Então fui pesquisar o assunto.

Após algumas leituras cheguei a seguinte conclusão. Existem 7 bilhões de pessoas no mundo, e cada uma delas com a sua forma de amar. Nos últimos tempos temos ouvido e lido muita coisa sobre relacionamentos abertos, onde os parceiros defendem a monogamia ou fidelidade afetiva em parceria com a liberdade sexual. Nesse caso, os parceiros vivenciam outras experiências sexuais juntos ou até mesmo separados (o que nem sempre quer dizer que já não existe mais o amor e atração entre ambos). E não há o menor problema nisso, por quê existiu uma conversa prévia. Outras vezes, esse envolvimento vai além do sexo, existe uma afetividade múltipla por uma ou mais pessoas. Aqui estamos falando do Poliamor (do grego Poli, que significa vários). Nesse caso, tamanho o grau de entrosamento e consciência da relação, que algumas pessoas chegam a dividir o mesmo teto. Todos juntos em completa harmonia. E, sim. São fiéis uns aos outros. Em ambos os casos essas relações funcionam muito bem sim, obrigado, por que existe o respeito aos sentimentos do outro. Pessoas são felizes assim.

Veja. Não estou fazendo apologia a absolutamente nada. Mas não podemos ser hipócritas e nos fecharmos dentro de nossas convicções. Essas formas de amar ou se relacionar estão aí desde que o mundo é mundo. Não é uma modinha passageira. O ser humano é um universo de desejos, sentimentos, comportamentos. O que funciona para um, não necessariamente tem que funcionar para você.

Se esta não é a sua praia, não diga sim para uma proposta que vá te violentar física e emocionalmente. E se insistirem, pule fora desta relação. Só vai te trazer dúvidas e sofrimento.

Caso seja, mergulhe de cabeça sem se importar com opiniões alheias. Porém, tenha uma conversa franca com x seu/sua parceirx para saber se elx também compartilha das mesmas ideias que você, caso contrário o nome disso será traição.

O importante é não sofrer e não fazer sofrer.

(continua)


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