VOCÊ PRECISA MORRER...

Aprendi recentemente uma oração maravilhosa que, num determinado trecho, diz: “...que eu permita que eu morra...”. É um texto lindo e inspirador, mas por que exatamente ele traz essa noção de morte? Bem, não precisa ir muito longe para sacar que a oração não se refere, obviamente, à morte física e sim da morte de pensamentos e padrões de comportamento que não nos servem mais.

Com certeza, quando você se separou, trouxe contigo um monte de lixo: os do ex, das dores causadas por ele, das queixas que ele fez e acabou fazendo com que você acreditasse que não é boa o suficiente ou falhou de alguma forma... ao mesmo tempo, no meio de toda essa dor lancinante, você também trouxe consigo uma vontade imensa de superar, de se transformar, de nunca mais se sentir quebrada. Eu sei, eu sei... é um mix insano de emoções e sensações, que tem o apego como vilão.

Sim, o apego! A gente se apega ao papel de vítima, se apega à dor, se apega à ideia de que não valemos nada e, por isso, levamos um pé na bunda ou não soubemos construir uma relação bacana... Posso ficar horas e horas listando aqui as diversas formas e ideias que criamos e nos apegamos para não sair do lugar, para não ter que encarar a mudança. E isso tem nome também: chama resistência.

O que fazer, então, para lidar com o apego e a resistência? Simples: basta MORRER. Morrer é desapegar; morrer é deixar ir; morrer é se liberar de tudo aquilo que te prender a uma vida de reme-reme. Só morrendo você vai conseguir se livrar de toda a nhaca que te impede de viver seus sonhos e ser sua melhor versão. E é morrendo que você vai abrir espaço pro novo em sua vida.

Essa é a única vida que você tem. Pelo menos, nesse plano. E mesmo que você acredite em outras vidas, é NESTA vida de agora que você vive. É nesta que você tem essas experiências, esses talentos, esses sonhos, essa família. E é somente nesta vida que você vai viver aquilo que você está determinada a ser: a melhor expressão de tudo isso.

Então, se alguma dor está te impedindo de ser ou viver o seu melhor, você precisa se perguntar: qual parte de mim precisa morrer? O que em você precisa ir para que você renasça e, assim, possa viver algo completamente diferente?

A vida é um presente, mas só deixando nosso velho eu morrer é que conseguimos estar prontas para viver!